Título Original: The One-in-a-million boy
Autora: Monica Wood
Editora: Arqueiro
Sinopse: Quinn Porter é um guitarrista de meia-idade que nunca conseguiu deslanchar na carreira. Enquanto aguardava sua grande chance na música, foi um marido e pai ausente, e jamais conseguiu estabelecer um vínculo afetivo com o filho, uma criança obcecada pelo Livro dos Recordes e algumas peculiares coleções.
Quando o menino morre inesperadamente, alguém precisa substituí-lo em sua tarefa de escoteiro: as visitas semanais à astuta Ona Vitkus, uma centenária imigrante lituana.
Quinn assume então o compromisso do filho durante os sete sábados seguintes e tenta ajudar Ona a obter o recorde de Motorista Habilitada Mais Velha. Através do convívio com a idosa, ele descobre aos poucos o filho que nunca conheceu, um menino generoso, sempre disposto a escutar e transformar a vida da sua inusitada amiga. Juntos, os dois encontrarão na amizade uma nova razão para viver.
Um Menino em Um Milhão é um livro sensível, poético e bem-humorado, formado por
corações partidos e aparentemente sem cura, mas unidos por um elo de
impressionante devoção pessoal.
“Porque a história da vida da gente nunca começa no começo. Será que não ensinam nada para vocês na escola?”
Quando precisei escolher qual livro gostaria de ler, fiquei
olhando para a sinopse deste livro. Não sabia o que esperar, poderia ser algo
realmente tocante, ou acabar sendo bem monótono, para mim. Mas o que encontrei
foi muito além do tocante: uma estória que nos prende e encanta com sua
simplicidade e esperança.
Somos apresentados a Ona Vitkus, uma senhora nascida na
Lituânia. Fugiu com seus pais ainda criança para a terra de promessas e
segurança chamada Estados Unidos e lá vive até seus 104 anos, que é a idade a
qual ela possui quando o chefe dos escoteiros, Ted Ledbetter, guia até a porta
de sua casa um ajudante nada comum para ela: um menino com ares de obediência
que lhe desagradou.
Ela vive sozinha na cidade de Portland. Seus 104 anos não
lhe pesam tanto no corpo, mas sim em sua memória. E o menino, do mesmo modo
como chega, se vai. O menino morre e nunca descobrimos seu nome. E só me dei conta
disso, num estado de perplexidade, enquanto escrevia esta resenha. O menino ao
mesmo tempo que é presente, ele não existe para além de lembranças – uma
presença diáfana, como a de um beija-flor. Seu trabalho era auxiliar a senhora
em algumas atividades em sua casa, como alimentar os pássaros ou limpar os
jardins. Porém, Ona percebe que há algo mais nesse menino estranho... Tornam-se
amigos pela esquisitice!
“- Um, onde é que eu ia conseguir uma garrafa de leite de vidro? Dois, como é que eu ia conseguir medir 130 quilômetros? Três, minha mãe nunca ia deixar que eu caminhasse 130 quilômetros com uma garrafa na cabeça, nem que eu quisesse. – ele fez uma pausa –Eu bem que queria.”
Acontece que o menino possui algumas peculiaridades: ele
lista tudo o que acontece e também as coisas. Sua vida é uma eterna lista e
coleções não finalizadas. Possui uma imensa paixão pelo Guinness, aquele livro
que reúne todos os recordes, bizarros ou não, realizados por alguém ou algo. Para
ele, o mundo parece ser mais fácil se você encaixá-lo em algum padrão.
Para seu pai, Quinn Porter, o mundo de seu filho era um
enigma. Muitas vezes deu a impressão de até mesmo teme-lo, enquanto buscava em
suas memórias os poucos momentos que passara com o menino. Um sonhador que teve
que se deparar com a realidade diversas vezes e não deu conta na maior parte
delas. Ele toma para si o dever do filho e o que era simplesmente um fardo, tornou-se
algo inimaginável. Juntos, Quinn e Ona partem em uma aventura em suas histórias
de vida, buscando encontrar-se – e se encontrarem no caminho – e descobrir quem
de verdade, são. Suas origens e o que desejam para si no futuro.
Mas que futuro uma senhora centenária pode ter, não é? A
Sra. Vitkus vai te mostrar com quantos paus se faz uma canoa e como se
conquista objetivos, baby! É uma senhora muito ativa, que sempre soube o que
quis e buscou. Perdeu muito, ganhou muito... Carrega muita sabedoria em suas
falas. Cabe a nós apenas aprendermos com ela.
Pois o menino certificou-se de que a senhora fosse conhecida
depois de alcançar seus objetivos: munido de um gravador, ele faz perguntas
para a mulher sobre sua vida e experiências, em especial com as guerras
mundiais. Em especial, pois ele precisa conversar com uma pessoa que estava
viva durante as guerras mundiais para um trabalho de escola. Mas o que acaba
conseguindo é bem mais que apenas essas informações.

A diagramação é linda: há desenhos de galhos de árvores em
cada capítulo, pois uma paixão que Ona Vitkus e o menino dividiam é o canto dos
pássaros. Muito bonito! As folhas são amareladas, a fonte é de um tamanho
confortável de se ler. E como a leitura passa rápido!
Esta é uma bela obra sobre o futuro, a esperança e como
precisamos de apenas algumas pessoas próximas para nos fazer seguir em frente.
Para que nossos sonhos possam ser alcançados, independente das dificuldades.
Pessoas verdadeiras. É uma obra sensível, para almas brilhantes.
Sou louca pra ler esse livro e acho a capa tão fofinhaaaa.
ResponderExcluirEspero tirar o livro da minha lista e comprar logo pra matar a curiosidade e sua resenha me fez ter mais vontade de ler!
Beijos,
Próxima Primavera
Olá!
ResponderExcluirEu já tinha visto essa capa por aí, li alguns comentários bem negativos, o que me fizeram ficar receosa com a trama. Achei interessante o menino não ter nome, mas mais que isso o leitor nem sentir falta até que acabe. Achei a personagem Sra. Vitkus bem interessante, parece que ela acrescenta muito ao leitor, né?! A diagramação está impecável, ein?! Fico feliz quando as editoras tem esse cuidado. A sua resenha me animou pra ler, espero ter oportunidade de ler algum dia!
Beijos
Ola
ResponderExcluirEu realmente nao sabia muito a respeito desse livro, mas pelo que pude compreender é uma leitura bem sensível e com mensagens especiais. Legal saber que há listas e sobre palavras significativas, acho que compreendem bem o contexto né? Eu nao vejo a hora de fazer essa leitura também.
Beijos, F
Oiii,
ResponderExcluirEu vi o lançamento deste livro, mas confesso que não me interessei muito, sequer procurei por alguma informação que fosse para além da sinopse, porém sua resenha me mostrou que esta história pode ser simples e cativante, com uma reunião de pessoas esquisitas (o que eu gosto muito) e com profundidade de aprendizado. Adorei a dica e espero poder ler o mais rápido possível.
Beijinhos...
http://www.paraisoliterario.com/
Oi
ResponderExcluirEsse livro não tinha despertado minha atenção, mas depois que li resenhas maravilhosas e empolgantes como a sua, mudei de opinião.
Além dessa história incrível, a diagramação do livro também é linda.
Sem falar em todos os ensinamentos que temos ao ler.
Com certeza está na lista.
Ótima resenha;
Beijinhos
Rizia Castro - Livroterapias
confesso que também não tinha grandes expectativas com a história, mas seus comentários positivos me animaram bastante
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Oi Priscila,
ResponderExcluirAcho que se eu fosse ler um menino em um milhão eu iria chorar horrores! Um pai que tenta se redimir consigo mesmo, depois de não ser participativo na vida do filho é uma coisa linda!
Gostei da parte em que tem a lista de Recordes, deve ser bem interessante.
Beijos
Blog Relicário de Papel
oie, eu li esse livro e não gostei tanto quanto imaginava que aconteceria, mas talvez não era o momento para mim. Assim como você, quando acabei o livro percebi que não mencionavam o nome do menino, e fiquei meio perplexa. E também adorei tudo que Onna nos relata.
ResponderExcluirOlá Priscila.
ResponderExcluirSua resenha me conquistou na primeira frase! E agora o livro já está na minha lista de leituras futuras. Acho que isso é algo que terei em comum com o menino sem nome, eu também adoro listas.
Acho impressionante que a senhora tenha 104 anos, ela, de fato, deve ter mesmo muito a ensinar.
Abraços.
Olá Priscila,
ResponderExcluirAinda não tive a oportunidade de ler esse livro, mas estou muito curiosa, pois gosto da premissa. É muito legal, também, que a trama tenha esses temas tão bacanas, o futuro é algo incerto e a esperança é algo que nunca devemos perder.
A obra parece tocar fundo no nosso coração e gosto disso.
Vou super anotar a dica.
Beijos,
Um Oceano de Histórias
Oie! Tudo bem?
ResponderExcluirEstou com esse livro aqui em casa, acredito que em algum momento irei realizar a leitura dele, pois amei demais a proposta da obra e só estou lendo resenhas positivas sobre a história, espero gostar!
Bjss
Oie amore,
ResponderExcluirNossa que capa mais lindeza...
A arqueiro sempre me surpreende.
Parece se tratar de um livro bem intenso e com ensinamentos bem legais.
Gostei da mensagem que o livro traz... dica anotada!
Beijokas!
Olá, tudo bom?
ResponderExcluirLi esse livro recentemente e simplesmente amei a leitura e a delicadeza que a autora soube colocar na narrativa. É como você disse, trás inclusive uma mensagem de esperança e acredito que estamos precisando muito de livros assim.Adorei os relatos de Ona e a delicadeza da diagramação. Fiquei meio em choque em não saber o nome do menino também rs
Amei sua resenha e relembrar um pouco desta história.
Beijos!!
Olá...
ResponderExcluirConfesso para você que eu não conhecia esse livro até você ter me apresentado, a sua resenha está impecável e bem sincera, parabéns! Mas apesar de todos os pontos positivos e de a história ser de esperança, o que realmente precisamos atualmente... infelizmente não me chamou tanto a atenção.
beijos
Livros & Tal
Olá!
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro e fiquei mega simpatizada pela Ona, e adorei a sua resenha, vou anotar essa dica.
Beijos
Leitora Dramática
https://blogleitoradramatica.blogspot.com.br/
Oi!
ResponderExcluirEstou vendo bastante esse livro e não tem como não desejá-lo.
É tocante a ligação do menino com Ona, e ver como a história se desenvolve depois da partida dele deve ser muito bonito também.
Deve ser muito bonito acompanhar esses dois e ver como a esperança e a força de vontade de Ona, do garoto e de seu pai levaram a conquistar seu sonho